terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Prosa com um violão...



Ser-me-ia lícito tocar-te, enquanto almejo sons mais perfeitos?
Talvez extraídos da insanidade cotidiana, que se escondem no sorriso mais sereno
Ou quando meus dedos em ti expandem uma sonoridade com tanto veneno
Que outros ouvidos diriam: jaz em teus acordes múltiplos defeitos

Ser-me-á lúcido, acordar à noite contigo?
E com sono insistir em remontar a harmonia desolada
Que foge do dia para não entender a mentira de cada passo
Dado pelos pseudo-fortes que tanto empobrecem a massa calada

Por que só em ti vejo o obscuro? e nele me sinto acolhido?
Quando olho os expectadores de tua música, lacrimejo
Mas, quando encaro o sarcasmo dos ignóbeis, não me vejo

Desejo o incontido, o contestável, o avassalador instinto
O arremesso de meus pés na água, valer meus sonhos de menino
Sei que alguém te entende, me entende, e isso nos torna cada vez mais vivos.

Autor: Fernando Ben.

domingo, 28 de setembro de 2008

Home - Fernando Ben

Dedico este Blog aos artistas que trabalham comigo e aos amigos que conheci fazendo o que mais amo...

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Título: Devaneios barrocos

Autor: Fernando Ben


Seja-me contido o desejo de ter-te

Ensejo contigo o liberto e o amedrontado.

Meu afeto é o insulto, que dilacero e afago.

E me remete ao culto do disfarce. Flerte.


Enlouqueço quando o instante do teu olhar me ronda

Em devaneios barrocos, insultos pós-modernos.

Insanos gritos que rasgam meus pensamentos incertos,

Mesmo quando só encontro meu chão. Minha cama.


Quem és tu? Que ancora minha saudade

Que sufoca meus delírios, que graceja minha vontade.

E na torpe luz do plenilúnio, me fascina em impressões.


Quem és vós? Que fomenta minha rotina

Assassina meu sono, que engole e tortura minha língua...

E mesmo sem querer, é o surto e o alfa de muitas compreensões.
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